Vitor Massao e Rangel Mohedano

terça-feira, 24 de abril de 2012

ASMARE

Até alcançar o reconhecimento da população e do poder público, os catadores de materiais recicláveis tiveram um longo caminho a percorrer. Foi vencido o preconceito das pessoas, enfrentado o medo nas ruas e o convívio com os perigos do trânsito, entre outras dificuldades.


O resultado do esforço é comemorado com a consolidação da Associação dos Catadores de Papelão e Material Reaproveitável (Asmare) - principal entidade do Estado que reúne esses trabalhadores -, que completou 15 anos.


Um dos exemplos da interferência da entidade na capital é a redução do lixo disperso pela cidade, especialmente na Região Central. A Asmare é responsável pela coleta de cerca de 450 toneladas de material por mês. 'Isso dá uma pequena mostra do quanto esse trabalho alivia o aterro sanitário de Belo Horizonte', observa o coordenador técnico da Asmare, José Aparecido Gonçalves. Se a associação não existisse, o aterro, que tem uma vida útil de cerca de 16 meses, teria esgotado sua capacidade há mais tempo. Cada belorizontino produz em média 700 gramas de lixo/dia, um total para a capital de cerca de 4.500 toneladas/dia.


Outro ganho é com o trabalho de reciclagem que a Asmare faz em suas oficinas. A assessoria de imprensa da associação apresenta como resultado desse trabalho os dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que calcula que cada tonelada de papel reciclado poupa cerca de 22 árvores, economiza 71% de energia elétrica e reduz em 74% a poluição do ar.



Perfil da Asmare

- Dois galpões de armazenamento, triagem e reciclagem do material coletado
- Oficina de reciclagem
- Indústria de reciclagem de plástico

- Bar Reciclo Asmare Cultural (Avenida do Contorno, 10.564 - Barro Preto)
- Escola de Carnaval 'Estação Primeira dos Catadores'
- Festival de Lixo e Cidadania



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